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JORNAL DIGITAL DOS MEMBROS, ALUNOS E EX-ALUNOS |
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46 |
Junho 2018 |
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Gilou García Reinoso |
A resiliência é efetivamente a capacidade que têm alguns sujeitos, mais do que outros, de crer no que o Poder dita e de acatar e transmitir seus mandatos. A resiliência tem portanto muito a ver com a obediência e, em nosso(s) país(es), tem uma ressonância sinistra.
Em 2005 assim falaram Gilou García Reinoso e Ana Berezin aos Estados Gerais da Psicanálise em seu 4o encontro latinoamericano, ocorrido aqui no Sedes. Abrir nosso 46o editorial com essa invocação é prosseguir na direção de reafirmar possibilidades de resistência a cotidianos crimes sócio-políticos de exclusão, como os que fazem desabar moradias precárias de gente deixada ao largo da cidadania.
Da resiliência à resistência se movimentaram recentemente professores e caminhoneiros às voltas com a precarização de condições de trabalho, determinada por reformas e ajustes de lucros e mercados. Suspenderam-se aulas e meios regulares de transitar pelas cidades; eventualmente ganharam-se as ruas e maneiras diferentes de olhar para suas formas e para os trajetos possíveis.
Interessados nesses movimentos, convidamos o leitor a apreciar aqui também algumas formas criadoras em que a psicanálise se faz presente nas Questões sociais e políticas: ontem e hoje. Como no registro caprichado dos Deslocamentos produzidos em torno do coletivo Escutando a Cidade. Nesta edição criações também ganharam corpo nas figuras do reconhecimento contra a desautorização de gênero, na identificação da arte como dispositivo frente ao beco da moral e ao entorpecimento do pensamento, nos fios da formação em psicanálise versus sua regulamentação, nas frestas de luz em tempos de desabastecimento. Porque nossas vidas em trânsito carecem dessas mediações maleáveis, que tornam vivaz a partilha de nossas experiências.
Boas leituras! Com abraços da
Equipe editorial Cristina Barczinski, Elaine Armênio, Maria Carolina Accioly, Mario Pablo Fuks, Nayra Ganhito, Sílvia Nogueira de Carvalho e Tide Setúbal.
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Gilou García Reinoso |
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Vidas em trânsito.
Muitas palavras sobre o evento Deslocamentos para dizer das comoventes narrativas de imigrações, dores, traumas, inundações e das lutas, conquistas e fazeres artísticos: belas possibilidades criativas da diversidade e dos coletivos.
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Mediação e composição grupal.
Em evento registrado em vídeo, com a apresentação de Anna Mehoudar, a psicanalista francesa Anne Brun discorre sobre a importância do meio maleável no trabalho psicanalítico grupal com patologias graves.
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Em nome do pai?
Maria Beatriz Vannuchi escreve sobre o evento e o lugar do estrangeiro no campo psicanalítico.
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The end of the F@# world.
Glaucia Faria da Silva instiga a reflexão sobre a delicada e perturbadora temática do suicídio na adolescência.
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Equipe Editorial: Cristina Barczinski, Elaine Armênio, Maria Carolina Accioly, Mario Fuks, Nayra Ganhito, Sílvia Nogueira de Carvalho e Tide Setúbal.
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