O GRUPO DE ACOLHIMENTO NA CLÍNICA DO SEDES [I]
Andréa Paes Favalli [II]
Andréa, Maria Lúcia, Nayra, Pedro e Thales. Foto de Noemi Moritz Kon.
Clínica Psicológica do Instituto Sedes Sapientiae: Origem e contextualização histórica A Clínica Psicológica veio a se constituir pólo originário do que, em 1977, se configurou como o atual Instituto Sedes Sapientiae. Vem se afirmando, desde então, como referência no campo da formação de profissionais em Saúde Mental e no campo da atenção à população, através de uma práxis singular, implicada eticamente com as questões de seu tempo.
Dentre seus principais objetivos, destaca-se a construção permanente de um modo de fazer clínica que valorize e potencialize a singularidade e a diferença frente à lógica dominante do individualismo, da massificação e da desigualdade. Tal objetivo se faz consonante aos princípios do Instituto, pautados nos direitos e na dignidade humanos, nos valores democráticos e na justiça social.
Marco importante nessa história, o início da década de 90 foi um tempo de grande mobilização coletiva que envolveu toda a comunidade Sedes e resultou na construção de um
Projeto Clínico-Ético-Político para a Clínica. Reorganizou-se como um
equipamento de serviços, reinventando suas práticas nos moldes da
Clínica ampliada e inserindo-se mais claramente no
campo da Saúde Mental , em sintonia com os vigorosos movimentos sociais pela Reforma Psiquiátrica no Brasil e com o movimento da luta antimanicomial.
Suas diretrizes afirmam o seu compromisso através de três dimensões constitutivas do trabalho da Clínica: a atenção, a formação e a pesquisa.
A
atenção é considerada viga mestra do trabalho, o que a caracteriza como um equipamento de serviço público – não estatal, mas de interesse público e de acesso universal.
No campo da
formação, a Clínica tem uma função multiplicadora, absolutamente implicada socialmente. As práticas de formação de terapeutas ganharam novo sentido e vigor com a criação das
Equipes clínicas – dispositivo de referência para o trabalho clínico e dispositivo de inserção dos terapeutas aprimorandos.
Inaugurou-se também, com o Projeto Clínico-Ético-Político, a contratação de
equipe multiprofissional composta por psicólogos de diferentes orientações teórico-clínicas, psicanalistas, psiquiatras, assistente social, cujas funções clínico-institucionais reafirmam uma das diretrizes do Projeto, alinhado com as diretrizes do SUS, SUAS e da PNH (Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde).
Uma Clínica de
pesquisa que também abre espaço para questões da contemporaneidade, não aprisionadas pela lógica medicalizante, ou por categorização psicopatológicas. Sua história vem se construindo, cotidianamente, pelo investimento constante de profissionais comprometidos com a produção de práticas clínicas consistentes em seu rigor e eficazes na interrogação e na intervenção na realidade social em que estão inseridas.
Abriga projetos, ligados a departamentos ou à própria Clínica que se dedicam a questões de temáticas específicas, como migração, imigração, adoção, saúde psíquica do trabalhador, transtornos alimentares, intensos sofrimentos psíquicos, conjugalidade, atenção à infância e adolescência, etc.
Outro ponto importante a ser destacado diz respeito à
Política Financeira; a
Clínica funciona com uma dupla injunção: uma delas, garantir sua auto sustentação financeira e seu projeto e a outra, a de responder às condições e exigências de manutenção do caráter filantrópico do Instituto, baseado na lógica de direitos por meio da oferta de atendimentos isentos de pagamento para aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social. Entendemos
vulnerabilidade social como não ter possuído as mesmas oportunidades que as classes média e alta, em função tanto da secular desigualdade social brasileira como da ainda incipiente implementação de políticas sociais que garantam os direitos básicos de cidadania como educação, trabalho, cultura, moradia, lazer e outros. Neste sentido a Clínica Social é compreendida para além da questão do pagamento ou da isenção. Os valores a serem pagos são considerados justos e variam de acordo com as possibilidades de cada usuário.
Na esteira das ações clínicas, as práticas psicoterápicas grupais ganharam força e vigor na Clínica, sendo que o dispositivo
grupo reafirmou-se teórica e clinicamente, desde então, como um potente instrumento clínico de desprivatização do sofrimento,e de afirmação do movimento de produção de desejo.
Configura-se assim uma Clínica que trabalha na invenção de dispositivos de ação e de intervenção para além das atividades psicoterapêuticas individuais e grupais
stricto sensu: uma clínica de atenção a sujeitos em sofrimento psíquico, aos diversos componentes desse sofrimento, com ações intersetoriais, mas também uma clínica de ações junto a grupos, setores da coletividade, movimentos sociais, e de intervenções institucionais.
O Grupo de Acolhimento Doutora, liguei do orelhão! Trabalho vendendo doce no farol ali do SESC Pompeia. Hoje ia pegar o trem para voltar pra minha casa que fica em outra cidade, mas fiquei com medo de me atirar, os pensamentos negativos estão me tomando, então pensei no telefone que tinham me dado no posto de saúde. Liguei e uma mulher me ouviu, me disse que aqui eu teria um acolhimento então eu resolvi vir ( Wiliam chega ao grupo bastante angustiado, inquieto e assustado com ideias que o invadiram).
Pedido de atendimento São muitos os pedidos de atendimento na Clínica. Frequentemente nos perguntamos sobre como oferecer espaços de escuta mais dinâmicos e efetivos para quem nos procura. Como pensar a Clínica da recepção? Os
grupos de recepção se caracterizam por uma demanda que busca o serviço em intenso sofrimento psíquico, representado por queixas referentes a solidão, angústias vividas como insuportáveis, além de uma multiplicidade de sintomas físicos e muitas vezes já traduzidos pela indústria farmacológica e utilizados pela mídia, como síndrome do pânico, transtorno bipolar, TDAH, etc. Estes grupos atendem à demanda espontânea, encaminhamentos feitos por outros profissionais, de instituições de saúde ou ensino. As inscrições são feitas sistematicamente e esta é uma prática já instituída na engrenagem do serviço.
Porém surgem pedidos desesperados, confusos que nos chamam a atenção, pois geralmente desestabilizam a secretaria e criam mal estar institucional. Já dão sinais ao telefone, ou pessoalmente, de que não sustentam esperar pelo atendimento. Muitas vezes não sabem ao certo onde estão, nem como chegaram até ali. Parecem não estar localizados em relação ao próprio tempo e espaço, portanto fica difícil localizar-se em relação à instituição
. Por esse mesmo motivo, verificamos que, na maioria das vezes, é alguém da família, amigos ou outro profissional que faz o contato conosco.
O
grupo de acolhimento na Clínica do Sedes cria um novo espaço de pensamento clínico, questiona a territorialização do serviço, exercita a abertura para o imprevisível e o novo, o que implica também em lidar com a ansiedade que este tipo de proposta nos traz.
Apesar deste dispositivo estar em funcionamento há mais de uma década, sempre nos provoca algum tipo de inquietação, ao dar lugar para uma clínica tão singular e inesperada.
Quem cabe neste grupo? Não estou mais aqui. Não consigo me cuidar, nem cuidar do outro. Estou muito ansioso, vindo para cá tentei acelerar minha moto contra os carros, pensei em morrer. Estou batendo num iceberg
sem airbag
. É como se a abstração que tenho dentro de mim tivesse quebrado. ( Fala de Júlio, um rapaz de classe média, estudante de ciências sociais no terceiro dia em que participa do grupo. Nomeamos em sessão o quanto está angustiado e em sofrimento e reconhecemos a importância dele ter buscado o serviço. Ao final da sessão, sugerimos que algum parente fosse contatado e ele concordou. Durante a espera, Júlio sai do Instituto e com a ajuda do pessoal da portaria o localizamos na rua em cima da moto. Demos continuidade ao atendimento do lado de fora, até que sua mãe chegasse. Realizamos a escuta familiar e o encaminhamos para o pronto atendimento).
A demanda na urgência aparece como uma
explosão,
como uma situação que ultrapassou o limiar de continência
. São pessoas que buscam a clínica em intensa angústia, transbordamento, certo
despedaçamento, mas com disponibilidade suficiente para chegar ao serviço.
Há um desarranjo do funcionamento psíquico, uma desestabilização do sintoma, um pedido de ajuda que não pode esperar. O risco da passagem ao ato se apresenta. Geralmente as pessoas chegam muito desconfiadas, tensas, tentando se manter vivas.
Somos guiados por uma escuta que procura identificar de qual sustentação institucional aquele sujeito precisa, valorizando o trabalho da rede interna e de outros equipamentos de Saúde Mental.
O grupo recebe pacientes que chegam de fora e também pacientes que consideramos em trânsito institucional, isto é, que já passaram por algum atendimento psicoterapêutico individual ou grupal na Clínica e que, por algum motivo como férias do terapeuta, encerramento do contrato do terapeuta com a Clínica, ou finalização de um processo em um projeto, não estão mais em atendimento.
A Clínica do Acolhimento Acolher significa, entre outras coisas, “dar crédito a; dar ouvidos a; tomar em consideração”. Também pode ser considerado como: encontrar outra forma de lidar com as diferenças. Entendemos que um dispositivo formulado com tal perspectiva poderia caber como um “ponto de apoio” na rede institucional. Um serviço criado para compor
, nesta trama, um lugar
entre o dentro e o fora,
entre um processo e outro, um
entre e fale sobre o sofrimento. Um
lugar de passagem, que se propõe a dar suporte a um momento de urgência subjetiva, por meio da escuta específica dos analistas.
O intuito do grupo é propiciar uma intervenção rápida, no momento em que a crise aparece, para que a pessoa tenha condições de elaborar prontamente o sofrimento. Oferecer, em primeiro lugar, uma continência e certo contorno à angústia daquele que nos procura. O sujeito é convocado a falar a alguém que se interessa por ele. Esse movimento vai em direção à construção de um vínculo de confiança. A continência é também exercida por um enquadre grupal, na medida em que o sujeito pode ter a experiência de se sentir pertencente a um lugar comum quando encontra outros estranhos, de lugares diferentes, perdidos cada um à sua maneira e que também chegaram ali por um sofrimento legítimo. Por ser aberto, o grupo, a cada semana, pode apresentar uma nova composição, no entanto sustenta uma constância, que inclusive define a sua inscrição na instituição. Ele acontece sempre no mesmo dia e horário e tem uma dupla estável de analistas. Mesmo na ausência de um deles, o outro garante a escuta. Nesse sentido há sempre “uma parte daquela dupla” que estará ali, o que cria uma atmosfera de familiaridade e confiança. Isso é de extrema importância para que o grupo seja um espaço de acolhimento
. Considero a Clínica do acolhimento como a
clínica da intersecção, onde o enlaçamento de elementos heterogêneos e a composição variável do grupo, por um lado, está sujeita a abalos, reconfigurações e rearranjos, por outro, apoia-se na noção de coletivo como rede de sustentação psíquica.
Apresento uma breve descrição que exemplifica essa pluralidade que compõe o grupo de acolhimento:
Pedro chega à Clínica pessoalmente portando uma carta de encaminhamento da Casa de Acolhida em que ele morava. Ele pede urgência para ser escutado. Mobilizada por sua expressão de sofrimento, a secretária da Clínica pensa em encaminhá-lo para o acolhimento, mas se pergunta se o grupo teria condições de recebê-lo. Por que não? Aposto no grupo e peço para que ele volte no dia seguinte. Nesse primeiro dia, estavam presentes Sara, uma senhora bem arrumada, pedagoga, cabelos tingidos, maquiada, cheia de adornos e salto alto. Era sua terceira sessão e não sabíamos exatamente qual seria a sua demanda. Queixava-se do marido que a havia abandonado após 30 anos de relacionamento. Valéria já frequentava o grupo há mais de dois meses. Professora da rede pública, moradora do litoral norte de São Paulo, estava afastada do trabalho por um quadro de depressão. Veio encaminhada por uma enfermeira do PSF. Chegou muito abatida e desvitalizada. Relata que sua nora estava presa por tráfico de drogas e suas netas eram criadas pelos avós maternos, fato que a entristecia. Seu único filho era morador de uma comunidade quilombola, um sujeito instável, alcoolista que havia sido criado só por ela e a acompanhava por comunidades alternativas na época em que era hippie
. Pergunta-se: Onde será que eu falhei? Pedro tem 59 anos, o rosto marcado com muitas rugas, uma grande cicatriz no nariz, apenas um dente em sua boca, falta-lhe um dedo na mão. Apresenta-se: “Águas passadas não movem moinhos, sei que não podemos apagar a nossa história”. Fala alto, gesticulando e quase não nos olha nos olhos. Relata que ficou na rua durante 15 anos. Percebeu que estava doente, mas que para se tratar, precisaria fazer a carteirinha do SUS. Foi até sua cidade no interior de Minas e descobriu que precisaria de sua certidão de casamento para solicitar o tal documento. Foi assim que, segundo ele, reencontrou-se com o seu passado. “Saí no mundo e deixei meus filhos para trás, sei de minha culpa e de minha responsabilidade, mas não consigo perdoar quem me magoou”. Ao final de sua fala diz que tem sífilis e está se tratando. Desculpa-se, dizendo que passara muitos anos sem conversar com ninguém, por isso falava tanto. O grupo sentiu certo estranhamento, mas ficou meio inebriado com a figura de Pedro e suas histórias romanceadas. Os andarilhos tiveram ali uma espécie de conexão, que se confirmou na sessão seguinte quando Valéria chega absolutamente desmontada, porque seu filho havia sido assassinado no final de semana. Silêncio e perplexidade de todos nós. Pedro se levanta, atravessa a sala e senta-se ao lado dela, abaixa a cabeça e sem nada falar apenas chora junto. Sara se assusta um pouco, fica incomodada, silencia, mas a partir da sessão seguinte passa a se perguntar o que a separação tem a ver com ela. Os meandros do grupo A relação transferencial é perpassada pelo olhar, pelo gesto, por sensações corporais. Os cacos estilhaçados, embaralhados, se apresentam ali, disformes. A possibilidade de transformação pela representação se dá na medida em que o vínculo pode ser estabelecido. Os caquinhos se aglomeram novamente e um mosaico pode se abrir. Nesta medida o analista e o grupo se tornam os depositários das pulsões e têm a árdua tarefa de puxar o fio de algum recurso que pode se apresentar. Em muitas situações jogamos a rede, mas nada recolhemos.
Geralmente os pacientes apresentam-se pelo sofrimento mais bruto, no registro da atuação. Nossa aposta é que a instauração de uma transferência com os analistas/grupo de acolhimento/Sedes possa criar um campo de trabalho analítico. Aquilo que é insuportável e que não pode ter uma representação via palavra acaba aparecendo em ato,
mas uma vez no grupo, isso pode ter um destinatário; há um direcionamento da “transferência selvagem”.
Neste início funcionamos muito no registro do cuidado e o contrato do dispositivo é pensado com esse propósito. Ele tem uma característica bastante diferente dos demais grupos terapêuticos. Ele é
aberto, pois toda semana podem chegar novos usuários que têm a liberdade de
ir e vir. Em outras palavras, a falta é sustentada, uma vez que a frequência não é obrigatória. A ideia que subsidia esse enquadre é a de que o compromisso do paciente é com o seu sofrimento e não apenas com o grupo.
A escuta permite que o sujeito possa reconhecer o seu sofrimento e encontrar em si mesmo condições para enfrentá-lo. Falar a outros facilita identificações, reposicionamentos e em muitas situações promove o alívio imediato. Assim, este dispositivo opera como um espaço de fronteira, onde o usuário pode processar grupalmente suas questões e suas necessidades atuais.
O fato do paciente ter chegado ao grupo representa que ele, de alguma forma, tem expectativa de melhora. Consideramos ser importante pontuar isso junto a ele, a fim
de construir uma aliança com esse lado que luta por sobreviver. O exercício de nomeação de como o usuário chegou até ali dá contorno ao sujeito que pode construir uma percepção do próprio tempo outrora tão confuso. Acreditamos que, com o passar dos encontros, seja possível que o sujeito possa minimamente se sentir dentro de uma narrativa, de uma história.
O tempo de permanecer/frequentar o grupo é indeterminado, pois o efeito subjetivo varia de acordo com cada sujeito e sua singularidade. Há pessoas que constroem ali uma possibilidade de tratamento e se beneficiam amplamente do espaço. Uns comparecem só a uma ou duas sessões, falam sobre suas questões e não mais retornam. Outros ficam por algumas sessões e retornam meses depois e em seguida somem novamente. Uns formulam demanda de psicoterapia, outros de análise. E outros não querem sair do grupo de jeito nenhum.
Além dessa flexibilização de presença, do pagamento em dinheiro ou isenção de pagamento e da garantia de um lugar que tem a função de acolher em um momento de desorganização, esse
setting também representa uma forma de convocar o usuário a se implicar no seu tratamento, uma vez que ele de fato pode escolher entre vir ou não. Isso porque a maioria dos usuários novos que chegam ao acolhimento vêm encaminhados por alguém que identifica
nele, e
por ele, uma demanda de urgência, de sustentação, porque de alguma forma perceberam ali uma angústia e que algo precisava ser feito a respeito. Ele mesmo, o paciente, pode não ser ativo nessa busca? De certa forma até é, na medida em que chega até ali, mas, na maioria das vezes, num tom de “encaminhado”, de conduzido, em nome da percepção de outrem. Ele simplesmente chega. E tal como é passivo nessa chegada, ele também o é em relação aos terapeutas. Espera receber algo.
Uma vez que o paciente sai dessa situação de urgência e alcança certa estabilidade, o dispositivo sustenta a aposta no compromisso do sujeito com o seu padecimento, isto é, a aposta de que a palavra do paciente possa produzir enigmas que suscitem demanda para a continuidade do tratamento. Tal demanda é direcionada primeiramente ao terapeuta do grupo, que faz então um deslocamento desse pedido para um encaminhamento a uma psicoterapia individual, ou grupal se for o caso. Acreditamos que esse deslocamento também é possível por ser sustentado pela transferência institucional que o usuário fez com aquele lugar que o acolheu, e não somente com o terapeuta do grupo. Muitos pedem por esse novo espaço. Trabalhamos junto com o paciente seu lugar no grupo e até quando permanecer. O encaminhamento nunca é compulsório e, portanto, trabalhar com a angústia desta separação vem a ser um movimento tão importante quanto o de acolher.
Compreendo que a sustentação deste tipo de atendimento exige insistência e reafirmação constante dos eixos norteadores do projeto de Clínica, portanto um exercício de resistência constante.
[i] Trabalho apresentado na mesa 2 do evento Clínicas Republicanas e Democráticas, Clínicas Públicas e Abertas , do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, em 27 de outubro de 2018.
[ii] Psicanalista, coordenadora de Equipe Clínica da Clínica Psicológica do Instituto Sedes Sapientiae.