A INTERFACE ENTRE O FONOAUDIÓLOGO E O PSICANALISTA

 

Ethel Akkerman

 

 

Eixo temático – INTERVENÇÃO PRECOCE

 

 

RESUMO

 

Desde a entrada da mulher no mercado de trabalho, as famílias atravessaram uma grande transformação, que repercutiu diretamente no vínculo mãe-bebê. Com a entrada do mundo contemporâneo na Era da Informação, essa interação entre ambos fragilizou-se mais, pois à falta de tempo, somou-se uso excessivo de tecnologia, que gera falta de diálogo, de paciência, de acolhimento e recolhimento materno.

 

Essas interferências no primeiro enlace podem afetar a constituição da subjetividade da criança e refletir-se em sintomas singulares na fala e na linguagem, que causam deformações como ausência total de fala ou um discurso ininteligível para o interlocutor.

 

A fonoaudióloga precisa, portanto, lidar com a família, recebendo os pais como porta-vozes da queixa e da demanda para que seus filhos falem normalmente e atuando junto a eles, no sentido de orientá-los, a fim que modifiquem aquelas condutas que impactam negativamente a fala dos filhos.

 

A discussão em torno da Intervenção Precoce permite que se crie uma interface entre a Fonoaudiologia e a Psicanálise, uma vez que, a despeito de todas as diferenças existentes entre elas, as duas clínicas lidam com dinâmicas familiares que falham na interação. Na intersecção dessas duas áreas, as questões da linguagem e do sujeito podem ser discutidas e ampliadas nos seus significados sob olhares distintos que se sobrepõem.

 

 

PALAVRAS-CHAVE: Fonoaudiologia, intervenção, fala e linguagem

 

 

Ethel Akkerman, Fonoaudióloga Clínica , Mestre em Distúrbios da Comunicação (PUC-SP) Especialista em Disfagia pelo Hospital ACAMARGO