“A FUNÇÃO DO TERAPEUTA COMO OBJETO TRANSICIONAL NA CLÍNICA COM BEBÊS: ESTRATÉGIAS E INTERVENÇÕES EM UM CASO DE VINCULAÇÃO SIMBIÓTICA”
Marcela Pires Assef
Centro de Referência da Infância e Adolescência (CRIA - UNIFESP)
Silvana Vieira S. Santos
Centro de Referência da Infância e Adolescência (CRIA - UNIFESP) -> Apresentará o trabalho.
Eixo temático – CLÍNICA DA PRIMEIRA INFÂNCIA (INTERVENÇÃO PRECOCE)
RESUMO
O Programa de Bebês com Sinais de Risco em Saúde Mental do CRIA (Centro de Referência da Infância e Adolescência
– UNIFESP) atende bebês de 0 a 3 anos que apresentam sinais de risco em saúde mental. Composto por uma equipe multidisciplinar, visa-se intervir precocemente, de forma inter e transdisciplinar, nos mecanismos relacionais que constituem o processo de subjetivação da criança, não buscando um diagnóstico fechado que a enquadre em uma patologia, mas sim, aproximar-se de constituições psíquicas em andamento e trabalhar suas fragilidades. Um dos motivos de busca de atendimento mais frequente diz respeito a atraso na linguagem, muitas vezes confundido com sintomas de autismo. Muitas dessas queixas acabam configurando-se como patologias vinculares entre mãe e bebê, bem como com patologias familiares caracterizadas por vínculos simbióticos. Nosso trabalho de intervenção necessita fazer uso de estratégias muito sutis, tanto para desconfigurar efeitos de um diagnóstico precoce e inadequado de autismo mas, também, para prosseguir no descolamento das singularidades envolvidas. Neste trabalho discutiremos, teórico e clinicamente, um desses casos, procurando explicitar os meandros da técnica para esse tipo de abordagem.
PALAVRAS-CHAVE: bebês; autismo; intervenção precoce; simbiose.
Objetivo do trabalho: Demonstrar através da apresentação de um caso clínico as técnicas e as intervenções de uma dupla terapêutica frente a um caso de vinculação simbiótica entre uma criança de 2 anos e 5 meses, com diagnóstico de atraso na linguagem, e sua mãe. O presente trabalho será apresentado no “V Congresso Internacional sobre a Criança e o Adolescente” em Belo Horizonte em julho/2018.
Marcela Pires Assef, Psicóloga formada pela PUC-SP, atua em consultório particular, psicóloga do Programa de Bebês com Risco em Saúde Mental do CRIA – UNIFESP, psicóloga do Programa Com Tato (Instituto Fazendo História), cursa especialização em Psicanálise pelo Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae.
Silvana Vieira S. Santos, Formação como Enfermeira em Saúde Mental com experiência em psiquiatria da criança, adolescente e adulto desde 1981. Psicóloga com formação em Psicologia Analítica e Psicanálise Winnicottiana com experiência em consultório desde 1988.