Em seu texto: “Um dia você aprende”, William Shakespeare afirma: “Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que o ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso”.
Essa frase nos remete há alguns fatos importantes da subjetividade e das relações humanas que a psicanálise nos ajuda a compreender, a saber: que o ser humano precisa lidar com faltas, frustrações, se haver com as diferenças e limites, reconhecer-se incompleto. Talvez o mais desafiante de todos os assuntos seja a realidade de que nada e nem ninguém vai satisfazê-lo plenamente. Um dos exemplos, mais comuns que todos devem ter observado com experiências de vida, é que não existe “mãe perfeita”, que atende na medida exata todas as necessidades do bebê. E se houvesse alguma mãe com essa pretensão e habilidade, isso não seria saudável. A partir dos muitos e bons encontros e também dos prováveis desencontros na interação mãe-bebê, o novo ser em desenvolvimento, tem oportunidade de começar a contar com seus próprios recursos e aos poucos depender menos desse outro que lhe oferece amor e cuidados primários. Diante de tais experiências inicias e de tantas outras relações amorosas e também conflituosas, ao longo da vida, acontece o processo de humanização e formação do sujeito.
Amar é uma arte que envolve coração e razão, se processa na oficina chamada vida. É uma obra inacabada e exige constante aperfeiçoamento num itinerário marcado por recomeços. Ao aprendiz no exercício do amor, demanda-se flexibilidade e persistência tanto diante de progressos como de fracassos. Há pessoas que não querem amar, possivelmente mais por dificuldades do que por desejo. Na perspectiva psicanalítica observa-se como o trabalho de Eros é difícil, é uma construção lenta e onerosa, ao passo que o trabalho de Tânatos é rápido e atraente; entretanto, em meio a tudo isto, apesar da tarefa de amar ser tão custosa, muitas pessoas a realizam suficientemente bem e sentem que vale a pena. Esse é um indicador do quanto a força de Eros é importante.
Por outro lado, há aqueles que “amam demais”. Querem se manter grudados à pessoa querida, estes sofrem e fazem sofrer. São inseguros, não suportam estar só nem mesmo um instante. Dependem continuamente da aprovação e do incentivo dos outros. Paradoxalmente, nesta ânsia de ligação, sufocam e até destroem o vínculo, pois em vez de proximidade produzem distanciamento e profundas rupturas em decorrência da tempestuosa demanda de cuidado e atenção para tudo, o tempo todo.
Essa realidade, com experiências de dor e amor que deixam marcas e desorganizam quem as vive, também foi retratada por Clarice Lispector em seu conto Legião Estrangeira. Assim que a autora constata que a menina (sua hóspede) havia fugido após ter matado o pintinho, provavelmente de tanto acariciá-lo (apertá-lo), exclama: “Oh, não se assuste muito! às vezes a gente mata por amor, mas juro que um dia a gente esquece, juro! a gente não ama bem, ouça, repeti como se pudesse alcançá-la antes que, desistindo de servir ao verdadeiro, ela fosse altivamente servir ao nada. Eu que não me lembrara de lhe avisar que sem o medo havia o mundo” (LISPECTOR, 1977, 111).
Quando se experimenta um investimento emocional, voltado exclusivamente para um objeto, o laço afetivo se torna torrencial e compromete as condições de vida e convivência. Freud (1909) fala disso no caso do pequeno Hans. Quando os familiares viajavam para o campo, o menino brincava com outras crianças, assim distribuía sua atenção e energia e mostrava-se tranquilo, disposto e alegre. Mas quando permanecia apenas na companhia da mãe sua afeição para com ela se intensificava, de modo que veio a adoecer, à medida que se viu em conflito entre querer o amor da mãe e temer desagradar o pai. Percebemos que é fundamental as pessoas cultivarem interesses diversificados com atividades prazerosas e realizadoras. Para tanto, faz-se necessário um envolvimento gradativo e satisfatório no âmbito laborativo, relacional, cultural e formativo.
A capacitação para a convivência é uma tarefa demorada e delicada, ganha contornos e profundidade com atitudes genuínas de dedicação e cuidados, as quais favorecem relações de proximidade e bem querer entre as pessoas. Neste sentido a saga de Pinóquio, o boneco de madeira, com sua longa jornada dinamizada pelo desejo de se tornar gente, é bem inspiradora. Destaco a questão do risco de mal entendidos e conflitos em decorrência de falhas no uso dos sentidos e ressalto que a história deste personagem da literatura infantil não se limita ao fato do nariz crescer em virtude de recorrentes mentiras. Chama atenção Pinóquio ter sido criado sem orelhas. O velho Gepeto acrescentou-lhe essa parte do corpo, o boneco começou a ouvir, mas continuou tendo dificuldade de simplesmente escutar. Inúmeras vezes mostrou-se desobediente, parecendo-lhe impossível assimilar e aprender o que lhe estava sendo dito ou até mesmo o que ele próprio parecia motivado por realizar. Essa incapacidade em compreender e aprender faz pensar no quanto é custoso aderir às exigências da realidade e como dói se disponibilizar a compartilhar a vida com outras pessoas. Isto implica em abrir mão de um saber apriori, do apego ao conhecido, do querer e do prazer imediato e exclusivo.
Em contraposição, para quem almeja um bom e saudável convívio, exige-se a capacidade de ter consideração pelo outro, de se solidarizar, de aguentar frustração e se conectar com alguém. E o mais crucial: em sua trajetória existencial sentir-se protagonista, podendo dosar interdependência e solidão enquanto marcas decisivas no mundo relacional e guardiãs da singularidade do sujeito. Outro aspecto essencial e qualitativo para os relacionamentos é a superação de um modelo relacional, no qual predomina a satisfação de desejos individuais que compromete a reciprocidade afetiva. Quando há forte investimento no próprio eu e falta de ligação com o outro, nos deparamos com sujeitos desmotivados ao trabalhoso exercício do amor. São pessoas que muitas vezes se orgulham por não formar vínculo algum, sob a justificativa de serem livres. Porém, essa pretensa liberdade pode estar encobrindo certo medo da entrega e imprevisibilidade que o amor supõe.
Pinóquio apresentou falha em outro importante órgão dos sentidos, tinha olhos, mas a função de enxergar era bem comprometida. Facilmente se fascinava pelos aparentes encantos e promessas ilusórias que o desviavam de seu propósito. Permitia ser enganado, aliou-se com a raposa e o gato, apesar das evidências, demorou a perceber que estes o afastavam de seus objetivos. Inclusive, o próprio Pinóquio também enganava, sendo que numa primeira leitura, podemos ingenuamente acreditar num jeito curioso e sincero de querer aprender e se deixar transformar. Mas numa análise mais aprofundada, observa-se que Pinóquio sucumbe ao comando de mecanismos psíquicos de auto-sabotagem que engendram prazer, benefícios e sofrimentos na infindável desventura evidente em suas travessuras. Nestas referidas situações se aplica bem o hilário dito popular: “foi sem querer querendo”. Desse modo, constata-se que Pinóquio era regido pelo princípio do prazer, explicitado na urgência de satisfação imediata, em detrimento do princípio de realidade que comporta a capacidade de espera, de aceitar substituições, de tolerar não ser atendido e de um gradual e consistente processo de amadurecimento. Na história de Pinóquio observa-se essa tendência a alimentar uma ilusão, a aderir por caminhos fáceis ou errados, pela dificuldade de Pinóquio em dar atenção ao grilo. O personagem grilo estava sempre por perto, alertando-o acerca dos perigos e problemas, caracterizando-se como uma espécie de intuição ou autoconsciência, mas este só pode ser ouvido e valorizado no final, depois que Pinóquio concretizou uma significativa trajetória de errância e recomeços.
Uma experiência verdadeira de amar e ser amado engloba tanto a dimensão intrapsíquica como aspectos intersubjetivos, tem várias formas de se realizar e por si, já é suficientemente significativa. Neste sentido, surge uma interrogação à expressão religiosa: “fazei que eu procure mais amar do que ser amado”. Esta súplica pode sinalizar uma liberdade interior ampliada, um testemunho da capacidade de sair de si, de abertura e bem querer ao outro. Porém, também pode indicar dificuldades para lidar com demandas pessoais. Se assim for, constitui-se em disfarce ao desejo de isenção da condição de vulnerabilidade do ser humano que é querer ser amado e desse modo, evita-se o risco de depender do amor e cuidado de alguém; uma vez que para muitos, ficar à mercê do amor de outrem se configura como algo sofrido e até intolerável. Sendo assim, percebe-se que essa atitude altruísta também comportaria um anseio de proteção individual, podendo encobrir certo narcisismo. Talvez revele, ainda, a compreensão e aceitação de que a capacidade de amar e estar com o outro pressupõe um amor a si próprio. Em outras palavras, uma oportunidade de amar o próximo como a si mesmo. Isto explicita o quanto o ser humano é permeado pela ambivalência, que se evidencia na desconcertante vivencia de amor e ódio dirigidos a uma mesma pessoa. Na referida prece (“fazei que eu procure mais amar do que ser amado”), a ambivalência se apresenta no modo como uma mesma fala pode ter conotação e sentido tão distinto para quem a pronuncia e se empenha por vivê-la.
Um amor profundo e autêntico, ao mesmo tempo, que é atraente, torna-se exigente e compromete a pessoa num todo. Uma possível fusão eu-outro pode desencadear quadros patológicos. Mediante a perda de alguém, seja por morte ou por rompimento da relação, a pessoa pode viver essa perda como um velório eterno de partes de si mesma. Nestas circunstâncias há uma propensão a desenvolver um quadro melancólico, processo descrito por Freud com a frase: “a sombra do objeto caiu sobre o ego” (FREUD, 1917/1915, p. 254). Trata-se de luto não elaborado quando um indivíduo agarra-se a recordações ou ressentimentos e fica impossibilitado de seguir a própria vida, de ter experiências de alegria e bem estar por sentir-se preso a quem já não pode ou não quer estar ao seu lado. Agindo desse modo, o sujeito carece da sabedoria e liberdade, expressas por Charles Chaplin, ao anunciar que a vida o ensinou a dizer adeus às pessoas que ama sem precisar tirá-las do coração.
Numa perspectiva kleiniana, para usufruir do referido processo libertário a pessoa necessita ter tido o estabelecimento de um bom objeto interno que dá base e confiança para as experiências de separação, respeitando a própria liberdade e a liberdade do outro. Diante da tensão e ambivalência entre amor e ódio, tão constantes e intensos num vínculo amoroso, Meltzer (1994), aponta a busca de conhecimento como um antídoto ao anseio de possuir e controlar o outro e afirma: “o desejo [desejo de conhecer] torna possível, até essencial, dar ao objeto sua liberdade” (MELTZER, 1994, 50). Este autor apresenta como importante e desafiante qualidade relacional a capacidade de alguém deixar de focar exclusivamente o auto-interesse de segurança e conforto e conseguir preocupar-se com o bem-estar da pessoa amada.
Outro aspecto a se considerar na dinâmica psicológica de indiscriminação eu-outro e na tentativa de construir uma relação amorosa, refere-se aos processos de identificação. O desafio de clarear a natureza das ligações afetivas demanda um exercício de autoconhecimento: quando acredito que amo alguém, será que amo essa pessoa como ela é ou são característica minhas que projeto nela e por isso me apego tanto? Ou será que identifico nesta pessoa escolhida algo especial que valorizo de outras experiências? Nesse conhecimento de si a partir da experiência vital, estão implicadas questões emocionais que normalmente envolvem tensão, conflitos e medos que dificultam a percepção dos fatos e seus desdobramentos.
A psicanálise reconhece que as primeiras vivências no campo afetivo relacional são fundamentais, deixam marcas e funcionam como uma matriz que colore e influencia os relacionamentos vindouros. A partir desta concepção, cada relacionamento amoroso, por um lado, representa um reencontro, uma tentativa de reviver o vínculo e o prazer usufruídos nos primórdios da existência com os cuidadores.
Por outro lado, há envolvimentos amorosos em que a pessoa almeja suprir, de forma idealizada, cuidados e investimentos afetivos jamais vividos. Observa-se uma tensão constante entre individualidade e alteridade, em meio a esta luta subjetiva circula amor, ódio, medo, decepção, esperança, saudade… Nessa miscelânea de sentimentos é imprescindível uma considerável dose de tolerância e de bom humor para incrementar a capacidade de construir e sustentar uma história de amor. O dilema entre amar a si ou ao outro, melhor dizendo de como amar sem se perder no outro e nem com o outro, também têm suas marcas na vida conjugal. Essa é uma das nuances que podemos observar no drama vivido pelo casal do filme “Amor”. Anne, em consequência de um derrame, vê-se comprometida fisicamente, de modo a necessitar de auxílio para as funções mais elementares como: andar, vestir-se e comer. Georges, seu marido incansável e amorosamente se dedica aos cuidados da esposa. Mas chega um momento que Anne afirma que não tem razão para continuar vivendo. “Por que eu devo nos infligir isto a você e a mim?” Argumenta que não quer continuar por ela e pelo marido. Este esclarece que ela deve pensar isso por sentir-se um peso para ele e a convida a se colocar no lugar dele e imaginar o que faria. Anne diz que não sabe e nem quer quebrar a cabeça no lugar dele.
Anne demonstra equilíbrio psicológico, pois não usa da doença em benefício próprio, pelo contrário empenha-se para viver a independência possível, não incorpora papel de vítima. Inclusive, é capaz de oferecer amparo ao marido, confortando-o diante de seus sobressaltos ao despertar de um pesadelo. Em diversas situações Anne autoriza Georges a ocupar-se com ele próprio. Mesmo com frequentes crises de desesperança, marido e mulher apresentam bom entrosamento: compartilham recordações, leituras, ouvem música, olham fotos, riem das manobras da cadeira de roda, discutem, recebem visita em casa…
Literalmente, com certo humor, usufruem da vida enquanto a morte não chega!
Com o estresse e desgaste emocional diante das limitações de Anne cada vez mais agravadas, presencia-se a impotência do marido e da filha, ambos cada qual ao seu modo, transtornados pelo imensurável sofrimento ao ver a pessoa amada definhando aos poucos. A cena que ilustra esse conflito é quando Anne recusa-se a aceitar alimento e água, o marido a adverte dizendo-lhe que ao deixar de nutrir-se ela pode morrer. À medida que Georges força a mulher para esta engolir a água, ela lhe cuspe, ele acaba agredindo-a e em seguida pede perdão. A morte não chega naturalmente, ele num ímpeto de intolerância a tanto sofrimento, precipita-se sobre o rosto da mulher com o travesseiro, chorando a deixa imóvel na cama. Então ele providencia flores, tranca o quarto, onde a deixa morta. De certa forma cumpre a promessa de não levá-la ao hospital, neste caso, nem a leva ao cemitério.
O referido gesto dá margem a diferentes interpretações e sentidos. Explicita o quanto um laço afetivo vivido ao extremo pode significar ou produzir loucura. Então, estaríamos nos limites do amor possível para o ser humano, onde se mescla nele uma destruição inevitável, mas ainda sim, amor? É diferente da atitude de “amar demais” ou do não amar direito. O filme “Amor” nos confronta com esta complexidade, onde há presença de uma vida longa, laboriosamente amorosa e um final que nos interroga se o amor acabou nesse gesto destrutivo. Outra indagação pertinente é do quanto esse gesto compõe o amor, incluindo nele a morte.
Se a afeição ao outro, o sentimento de bem querer e a disposição de compartilhar a vida com alguém em particular perdura em meio aos muitos embates interiores e aos dolorosos conflitos interpessoais, podemos inferir que há um amor autêntico sendo construído. De todo modo, nas mais variadas circunstâncias, o amor é sempre algo complexo, enigmático e surpreendente. Muitas vezes testado e atravessado por forças contrárias ou destrutivas, mas ao mesmo tempo e talvez por isso mesmo, um sentimento tão caro às pessoas. Não é por acaso que acerca do amor existem verdadeiros tratados, seja na arte, na ciência, na religião e na vida.
Com Pinóquio, temos a lição de como aprender e amadurecer de modo experiencial. A compreensão de que “tornar-se gente” é trabalhoso e exige a capacidade de encarnar e integrar razão e emoção como parte da luta para sustentar o processo de humanização. Simbolicamente, a transformação de boneco em menino se dá a partir da forte vivencia de solidão, seguida do reencontro com o pai. E materializa-se na atitude amorosa e corajosa em salvar o pai retirando-o do ventre do tubarão, quando ambos nascem para uma vida nova, o sonho torna-se realidade: Pinóquio agora tem uma casa e um corpo. Sente-se contente e o pai volta a trabalhar, ou seja, resgata sua capacidade de criar e amar.
Além de passar pelo filtro dos sentidos, especialmente do olhar, do toque e da sonoridade, o amor tem vibrações e ressonância diferentes em virtude do momento e circunstâncias em que está sendo vivido. Para um iniciante, como Pinóquio, tem o colorido da surpresa, da aventura, das decepções, dos fracassos e tantas desmesuras emocionais. Para alguém na maturidade como Anne e Georges, acalentados pela confiança e entrega mútua, estabilidade e cumplicidade, o colorido e sabor do amor são menos tempestuosos, porém, duradouros e para muitos assustadores pelo caráter definitivo: até à morte.
Referências:
LISPECTOR, Clarice. A Legião Estrangeira. In: LISPECTOR, Clarice. A Legião Estrangeira. Coleção Nosso Tempo. São Paulo, Ática, 1977.
COLLODI, Carlo. As Aventuras de Pinóquio: história de uma marionete. Trad.: Marina Colasanti. Ilustrações de Odilon Moraes. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002.
FREUD, Sigmund. (1909). Análise de uma Fobia em um Menino de Cinco Anos. In: FREUD, S. Duas Histórias Clínicas (o “Pequeno Hans” e o “Homem dos Ratos”). Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Vol. X. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
FREUD, Sigmund. 1917/1915. Luto e Melancolia. In: FREUD, S. A História do Movimento Psicanalítico, Artigos sobre a Metapsicologia e outros trabalhos. Vol. XIV. Rio de Janeiro: Imago, 2006.
MELTZER, Donald. Conflito estético: Seu Lugar no Processo de Desenvolvimento. In: MELTZER, Donald; WILLIAMS, Meg Harris. A Apreensão do Belo. O papel do conflito estético no desenvolvimento, na violência e na arte. Rio de Janeiro. Imago, 1994.
CHAPLIN, Charles. A vida me ensinou. In:
http://www.recantodasletras.com.br/mensagens/2937460.
SHAKESPEARE, William. Um dia você aprende que… In:
http://thierre-januth.blogspot.com.br/2009/05/um-dia-voce-aprende-william-shakespeare.html
Filme: Amor. Direção e Roteiro: Michael Haneke. Nacionalidade: França, Alemanha, Áustria. Lançamento Janeiro de 2013.