Psicanálise na encruzilhada vem ao encontro do desejo — eminente no mundo psicanalítico — de exercitar um pensar que possibilite um diálogo com as demais áreas do conhecimento, correlacionadas com a problemática do racismo no Brasil, mas sobretudo, desenvolve ideias que visam trabalhar as especificidades do saber psicanalítico e suas contribuições para o estudo desse campo — entre desafios e paradoxos. Nessa encruzilhada — a posteriori e não a priori — que remete ao saber criativo da ancestralidade africana, encontramo-nos com uma psicanálise que não se exime de seu lugar de levantar interrogações e propor direções que sinalizem cruzos para a resolução do racismo à brasileira: perlaboração de uma perspectiva antirracista para psicologia das profundezas. Perante essa condição de subversão, o pulsional entre disjunção e conjunção, produz, via palavra escrita, novos roteiros, que afetam e convocam para uma leitura implicada sobre o racismo e seu fator originário – a branquitude estrutural.
— Ignácio A. Paim Filho ( Médico, psicanalista, membro pleno do Centro de Estudos Psicanalíticos de Porto Alegre (CEdePA) e membro titular e didata da Sociedade Brasileira de Porto Alegre (CBPdePA)).
As/os autoras/es q fazem parte desse livro são um time de primeiríssima linha. Agradecemos muito o envolvimento de todes
Eliane Silva Costa e Maria Inês Assumpção Fernandes; Isildinha Baptista Nogueira; Cristina Rocha Dias; Emiliano de Camargo David, Livia Santiago e Patrícia Villas-Boas; Ana Gebrim; Kwame Yonatan; Fábio Belo e Marina Reigado; José Damico, Taiasmim Ohmacht é Tadeu de Paula Souza; Ana Lúcia Gondim Bastos, Adriana Domingues e Jaquelina Imbrizi; Eduardo Lara.