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JORNAL DIGITAL DOS MEMBROS, ALUNOS E EX-ALUNOS |
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56 |
Outubro 2020 |
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Foto de Alcimar Lima. |
Ao fim de setembro, Quino partiu. Dentre as incríveis Mafaldas que (re)encontramos e as muitas homenagens que circularam, da crônica de Julián Fuks tomamos nosso mote: “Como fazer o mundo entender que nossa relação é maravilhosamente diferente?”. Assim quiséramos, não?
Mas eis-nos aqui, viventes da impossibilidade da democracia no Brasil, tão bem argumentada por Marilena Chauí na aula aberta do curso Saúde Mental e Reforma Psiquiátrica: “O cerne da democracia é a criação, conservação e garantia de direitos na forma de contrapoderes sociais organizados para afirmar-se”.
Por isso estamos tão interessados no que co-labora com o comum. Cientes de que a redução neoliberal do eleitor ao votante não faz o menor sentido, votaremos – o melhor possível. Atentos ao valor da ênfase atribuída ao conceito de identificação – para Safatle, um dos quatro conceitos fundamentais da política segundo a psicanálise; em Zaltzman, o que nos permite abordar nosso pertencimento à espécie humana –, abriremos nossa escuta para modos não alienantes de pautarmos nossas identidades.
Assim acompanhamos o ato de letramento de A cor do mal-estar, que representou nosso Departamento para transmutar recalque do colonialismo e recusa da visibilidade no excelente evento organizado pela Diretoria e Departamentos do Sedes: Em tempos de pandemia, insistir, resistir e existir.
Pois Lila Vidigal pescou a figura calorosa do crisol para falar da infância das coisas e invocar a vida instituinte dos coletivos. Sejamos assim como a prata que nele se funde, e acompanhemos bem de perto as movimentações tão discretas quanto reluzentes de nossos colegas, a compor o grupo de investigações a partir de Laplanche e Silvia Bleichmar, a tramar a homenagem a Sandra Navarro, a registrar a aula coletiva de psicopatologia psicanalítica e clínica contemporânea.
Também seguimos junto com nossos autores enquanto constroem dispositivos de intervenção psicanalítica, leituras fílmicas e raias poéticas; produzem pensamento para além dos confinamentos; insistem no rouge, red, vermelho; oferecem regaço que transmute oco em ninho; convocam a participação geral em nossa Assembleia de membros e aspirantes. E permitem, por tudo isso, a edição extra que com muito prazer lhes apresentamos.
Com abraços da Equipe editorial Camila Flaborea, Carmen Alvarez, Cristina Barczinski, Daniela Athuil, Mario Pablo Fuks, Sílvia Nogueira de Carvalho e Tide Setúbal. |
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Foto de Alcimar Lima. |
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Em homenagem a Sandra Navarro.
Em tempos de isolamento, uma despedida amorosamente coletiva da amiga, supervisora, analista e professora apaixonada pela transmissão – uma mulher encantadora.
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Ficção para uma cena em vermelho.
Porque o inconsciente é o sexual. Por Sílvia Nogueira de Carvalho.
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Regaço.
Por caminhos poéticos e delicados, Rubia Delorenzo enuncia, entre a angústia e a dúvida, a questão pungente: como transformar oco em ninho?
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Confinamentos, confinamentos e confinamentos.
O segundo volume dos escritos pandêmicos de Eduardo Losicer parte de um novo ponto de análise clínica: a súbita privação da compulsão de consumo imposta pelo recolhimento.
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Ficar sem cara. Narcisismo e Kulturarbeit.
Imperdível capítulo 1 do livro De la guérison psychanalytique de Nathalie Zaltzman: A realidade humana pensada a partir da dobra entre o singular e o coletivo.
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Convocatória para Assembleia do Departamento de Psicanálise.
Um chamado do Conselho de Direção para os psicanalistas de nossa associação se apropriarem dos lugares institucionais.
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Uma experiência construída com os alunos de Psicopatologia psicanalítica e clínica contemporânea.
A equipe do curso compartilha aula coletivamente tecida em torno da pandemia.
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Um coletivo para pensar com e a partir de Laplanche e Silvia Bleichmar.
Sobre um crisol – lugar e circunstâncias apropriadas para evidenciar as melhores qualidades de dois autores caros para nós. Por Lila Vidigal (Maria do Carmo V. M. Dittmar).
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Da denúncia do trauma ao manifesto do letramento.
A cor do mal-estar representa o Departamento de Psicanálise no evento interdepartamental proposto pela Diretoria do Instituto Sedes Sapientiae e registra seu escrito nesta edição do Boletim.
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Grupo de mães e pais: construção de um dispositivo.
Relato implicado de uma experiência oferecida para o acolhimento de mães e pais em conflito com a justiça pelo poder familiar. Por Luciana Mannrich.
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Raias poéticas: afluentes ibero-afro-americanos de arte e pensamento.
Em sua nona edição, o encontro contou com a participação de Alcimar Lima, Renata Cromberg e Maria Laurinda Ribeiro de Sousa, que nos legaram escritos instigantes a partir do tema Psicanálise e dobras da palavra.
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O silêncio do significante.
Simone de Paula registra o assombro dos fios que tecem a trama da realidade, numa leitura psicanalítica do filme A ghost story.
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Equipe Editorial:
Camila Flaborea, Carmen Alvarez, Cristina Barczinski, Daniela Athuil, Elaine Armênio, Mario Fuks, Sílvia Nogueira de Carvalho e Tide Setúbal, com a colaboração de Déborah de Paula Souza e Rubia Delorenzo.
Os textos deste Boletim Online podem ser utilizados em outras mídias, desde que incluídos os créditos originais a este jornal e a seus autores. Visite nossa página no site do Departamento e nossas matérias abertas no Facebook.
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