31 de agosto e 1 de setembro de 2012
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Trabalhos

A Imitação no estabelecimento da relação transferencial com crianças autistas

Maria Izabel Tafuri
Psicóloga e Psicanalista, Doutora em Psicologia Clínica/USP, Prof. Adjunta do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília, Coordenadora do Laboratório de Psicopatologia e Psicanálise, Membro fundador das Associações: Brasileira para o Avanço Conjunto da Filosofia, Psicopatologia e Psicoterapia (ABRAFIPP), Brasileira de Neurologia, Psiquiatria e Profissões Afins (ABENEPI) e da  Brasileira de Estudos sobre os Bebês (ABEBE).

Resumo

A clínica psicanalítica com a criança autista vem sendo enfocada, desde os anos de 1930, a partir de um paradigma teórico clínico clássico: o uso da interpretação como instrumento vital na criação da relação transferencial. Guardando as diferentes modalidades de interpretação, segundo as escolas de psicanálise existentes, o psicanalista com uma criança que não representa simbolicamente a realidade tem permanecido colado às ações de decifrar, decodificar, interpretar e atribuir sentidos.  Esse trabalho visa enfocar a possibilidade do analista ocupar outro lugar: o de estar lá para estar encontrado, sem necessariamente nomear os fragmentos sensíveis apresentados pela criança. A concepção do analista como setting possibilita uma grande mobilidade ao que concerne à criação da relação transferencial.