A Imitação no estabelecimento da relação transferencial com crianças autistas
Maria Izabel Tafuri |
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Resumo A clínica psicanalítica com a criança autista vem sendo enfocada, desde os anos de 1930, a partir de um paradigma teórico clínico clássico: o uso da interpretação como instrumento vital na criação da relação transferencial. Guardando as diferentes modalidades de interpretação, segundo as escolas de psicanálise existentes, o psicanalista com uma criança que não representa simbolicamente a realidade tem permanecido colado às ações de decifrar, decodificar, interpretar e atribuir sentidos. Esse trabalho visa enfocar a possibilidade do analista ocupar outro lugar: o de estar lá para estar encontrado, sem necessariamente nomear os fragmentos sensíveis apresentados pela criança. A concepção do analista como setting possibilita uma grande mobilidade ao que concerne à criação da relação transferencial. |