Instituto Sedes Sapientiae

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jornal de membros, alunos, ex-alunos e amigos de psicanálise

Reflexões sobre vida e morte[1]

por Renata Barone[2]

 

 

Morte, a angústia de quem vive. Assim definiu Vinícius de Moraes, a morte como angústia.

A morte como a única certeza de quem vive. A nossa própria morte, a morte de quem amamos, do que amamos, a pequena morte de cada dia, a imensa morte de uma grande perda.

A morte, nossa companheira de jornada, inescapável, onipresente e eterna.

A morte e a vida. Sempre juntas numa dança.

Desde os primórdios essas palavras – e conceitos – caminham juntas. Como forças complementares, como ímãs inseparáveis.

A natureza nos ensina, em um ciclo contínuo, que para nascer é preciso morrer. Um organismo se alimenta de plantas e animais mortos para depois devolver ao solo e a outros seres vivos as substâncias e energias necessárias para a vida recomeçar outra vez.

A morte pode ser vista e analisada de muitos âmbitos. Vamos trazê-la para perto, diante do momento de incertezas que estamos vivendo como sociedade e humanidade, para observar sua presença dentro da nossa subjetividade psíquica e relacioná-la aos nossos processos internos.

Os tempos pandêmicos, como os tempos de guerra, nos aproximam da ideia de caducidade, de perda. A destrutividade e a morte nos rondam e expõem o nosso desamparo, nossa mortalidade.

Há um belíssimo texto de Freud, que foi publicado em 1915 durante a primeira guerra mundial, quando essas questões estavam evidentes, que nos traz aspectos importantes para refletirmos sobre esse tema. Uma oportunidade para resgatar alguma esperança em meio a barbárie dos nossos tempos e para pensarmos no que pode ser feito a partir desse cenário de destruição.

Nesse texto, cujo título é Transitoriedade, Freud traz a conversa dele com um poeta durante uma caminhada na natureza. Ao caminhar e observar a beleza do que os rodeava, o amigo poeta exprime a sua tristeza em constatar que tudo aquilo era efêmero. Que as flores já não estariam ali no inverno; que ao secar, os galhos levariam com eles a beleza que havia ali. Assim como a beleza humana e de tudo o que o homem criou que, sujeitos ao tempo, estavam fadados a desvanecer.
O olhar do poeta desvalorizava as coisas do nosso mundo por conhecer o seu destino determinante: a finitude.

Freud não tinha como contestar tal fato – a transitoriedade em geral -, mas contestava o amigo em relação ao valor que se associa a ela, afirmando que a “limitação das possibilidades de fruição eleva a sua preciosidade”

Para ele, deveríamos desfrutar ainda mais das coisas por saber que elas são transitórias.
Freud tenta argumentar sobre o valor e a beleza do transitório, mas não consegue modificar a visão pessimista do poeta e de seu amigo.
Ao pensar sobre a atitude dos amigos, Freud diz: “deve ter sido a revolta psíquica contra o luto, o que desvalorizou, para eles, a fruição do belo.”

Aqui Freud nos indica a relação entre luto e fruição do belo. Ignorá-lo nos distancia da possibilidade de ver e desfrutar belezas.

Há diferentes movimentos psíquicos que podem derivar desse encontro com a falta.
O que a psicanálise nos propõe – e que está em absoluto alinhamento com o que nos mostra a natureza – é uma travessia dessa ferida, através da entrega a um processo longo e gradual em que há possibilidade de se criar uma realidade diferente e de fazer novas invenções de si mesmo.

Partindo da ideia que Freud nos traz no texto, temos o caminho da revolta e da fuga como causador de um aborrecimento doloroso e encobridor do belo. Podemos então pensar no luto não como um buraco escuro e sim como um igarapé que, apesar de estreito, é um importante caminho rumo à vazão, transformação e encontro. A morte como uma porta para a vida, como uma passagem entre diferentes estados e lugares que podemos ocupar, assim como a água em seu caminho entre céu e terra, condensando, movimentando e sublimando.

Importante levar em conta o sentido amplo da concepção de morte, suas diversas camadas, sua presença viva e constante no cotidiano. Culturalmente, são inúmeros os prismas para conceituá-la. Há rituais de festejos e lamentos a partir de diferentes convicções, mas de forma geral podemos pensar que o ser humano contemporâneo preza e luta por manter-se vivo e de preferência banhado na fonte da juventude, ignorando o processo natural de envelhecimento e morte.

Em todas as esferas, morrer nos fala sobre perder e talvez esteja aí a motivação para negar esse fato. Não queremos perder nada. Entrar em contato com a falta é desconfortável, mas também é um motor que nos coloca em movimento. A ausência da falta (a falta da falta) faz surgir a angústia e o sintoma.

Na busca eterna pelo objeto perdido, perder também pode ser ganhar.

 

 

Envolver-se na seda do casulo, entregar-se ao fluxo do tempo e esperar acordar em outro lugar, sob uma nova forma. Fazer um trabalho de travessia, de mudança de corpo, de olhar, de escuta.

Como elaborar o peso da constatação de que a morte é um destino incontornável e sobretudo uma companheira permanente? Diante da vivência coletiva da pandemia, estreitamos a nossa relação com a morte e mais do que nunca se faz necessário enfrentar o luto.

“O luto, de modo geral, é a reação à perda de um ente querido, à perda de alguma abstração que ocupou o lugar de um ente querido, como o país, a liberdade ou o ideal de alguém, e assim por diante.”

Para além da morte real, há várias camadas de morte que constantemente nos separam do outro. Estamos em permanente necessidade de lidar com a perda. Seja de ideais, seja de nós mesmos, seja do outro. Pensando no momento atual, essas camadas ganharam bastante amplitude e desvelaram inúmeros ossos que estavam embaixo do tapete.

O cenário de isolamento social que vivemos coletivamente em 2020 (os que tiveram o privilégio e/ou a civilidade de cumprir com essa recomendação) nos deixou cara a cara conosco mesmos e possibilitou o encontro com algumas questões íntimas, com um modo de estar no mundo diferente. Para além do medo, da angústia e da insegurança causada pelos momentos iniciais dessa crise, pudemos rever nossa relação com o tempo e – no melhor dos casos – dar um respiro psíquico para fora dessa correnteza mecânica de produção exaustiva que nos impõe o sistema capitalista vigente. Realizar alguns lutos.

Freud nos diz que o trabalho de luto consiste basicamente em perda do objeto de amor, sobre-investimento libidinal no objeto perdido, desinvestimento desse objeto e por fim um reinvestimento em outro(s) objeto(s).

Parece simples e natural, mas o grande desafio está justamente em poder realizar o luto, elaborar esse processo da perda, da separação com o outro sem cair em negação ou melancolia.

Para a psicanálise o luto é um modo de subjetivação, um processo através do qual nos tornamos sujeitos.

Freud usa o termo Trauerarbeit – trabalho de luto – indicando que há um trabalho ativo a ser feito, de movimentos psíquicos, para superar uma perda. Uma necessidade de enfrentamento da dor para que o luto seja um novo prenúncio da vida.

Se temos a falta como constituinte do sujeito, o que estaríamos perdendo ao evitá-la?

Ao aproximarmos esse pensamento da nossa sociedade moderna iremos facilmente notar que, como humanidade, estamos cada vez mais descolados do organismo vivo que é a terra e consequentemente cada vez mais distantes de uma conexão com a pluralidade e com o ritmo natural da vida (veja que não trato de totalidade orgânica, mas sim de reconhecimento de identidade x diferenças), assim impossibilitados de ocupar o lugar do transitório de maneira saudável.

A globalização é uma ameaça à nossa subjetividade e diferenciação, à medida que busca imergir os indivíduos em uma massa homogênea.

“A era da individualidade substituiu a da subjetividade: dando a si mesmo a ilusão de uma liberdade irrestrita, de uma independência sem desejo e de uma historicidade sem história, o homem de hoje, transformou-se no contrário de um sujeito.”

Ao perdermos o contato conosco mesmos, se torna custoso afirmar nossa verdadeira diferença (logo, o nosso desejo). Assim, ficamos em um lugar de paralisia, de imobilidade, angústia e sofrimento.

Nesse sistema se intensifica cada vez mais uma busca pela solução pronta que pode ser comprada em lojas, encontrada em pílulas mágicas ou em templos salvadores ao invés de uma busca pela habilidade de superação das dificuldades, de uma disposição para entrar em contato com a dor.

“A substituição é acompanhada, com efeito, por uma valorização dos processos psicológicos de normalização, em detrimento das diferentes formas de exploração do inconsciente.”

Um indivíduo que foge do seu inconsciente e está preocupado em retirar de si a essência de todo o conflito.

Ao fugirmos do que nos é doloroso, estaríamos deixando de fruir do belo.

Partindo de uma ideia de modernidade de Zygmunt Bauman, podemos pensar que atualmente vivemos uma transitoriedade líquida: não há investimento real e conexão com os objetos de amor.

Há uma superficialidade que propicia a rápida substituição (ou até a descartabilidade), uma troca fugaz ao invés de um espaço de luto e elaboração.

Uma sociedade movida pela produtividade, pelo consumo, pelo entretenimento “barato”, pela entorpecência dos sentidos, que mascara a perda através da troca instantânea e assim renuncia ao momento transitório de contemplação do presente, do usufruto do momento.

Dessa crescente intolerância ao sofrimento e ao desconforto, vão surgindo muitos sintomas sociais que são fontes de lucros comerciais e, por essa razão, cada vez mais estimulados e alimentados pela máquina capitalista, que nos rouba subjetividade, sonho, processo, natureza. O capitalismo nos afasta da falta simbólica. Desse modo, a noção psicanalítica do sujeito de desejo fica perturbada. O sujeito pouco marcado pela falta, iludido por uma fantasia de completude.

A internet e as redes sociais incitam essa fuga feroz e alimentam a insegurança e o medo de lidar com o mundo real.

Na clínica, me deparei com um caso em que a paciente de 12 anos entrou de maneira profunda no mundo virtual e vem apresentando dificuldades de interagir e criar vínculos fora das redes. O que me parece não só consequência do período pandêmico, mas também fruto dessa visão social-capital que vem se desenhando.

Maria (nome fictício) diz preferir muito mais o mundo online do que o real, gostaria de poder passar todas as horas do seu dia atrás da tela. De fato, é onde ela se sente protegida. Seu escudo, a tela.

Observando esse movimento há algum tempo, notei que ocorria uma imersão mais intensa durante os períodos marcados por uma perda ou mudança. Como se uma chave transformasse o lugar online de entretenimento em esconderijo de sentimentos.

No virtual não há perdas reais, não há enfrentamento de conflitos, contato com dores e angústias. Quando buscado como refúgio, o mundo virtual se torna uma espécie distorcida de casulo. Casulo de morte. Não tem movimento, está robotizado, congelado, sem acesso ao calor da vida, ao movimento circular capaz de criar e transformar.

Integrar essas duas faces – virtual e real – é um grande desafio do nosso século. Encontrar uma medida que permita existirmos dos dois lados de uma forma inteira. Fuga e distração x enfrentamento e conexão.

Após muitos meses de recolhimento (e análise), Maria recomeça a tatear o mundo real como se fosse a primeira vez. Vem fazendo todo um trabalho de reconhecimento e integração que me parece fundamental, não apenas para habitar e se relacionar no mundo real, mas para que possa desfrutar do virtual sem que isso lhe roube nada, ou ao menos não lhe roube muito.

Não convém adentrar agora esse vasto tema de reflexão (vida online), mas vale ter em mente esse cenário tão presente em nossas vidas para pensarmos por quais vias nosso ser tem sido assaltado.

No percurso de construção de uma saída possível, de uma transição entre esses mundos, eu vejo a natureza como caminho. A natureza como espelho de diversidade e lugar para tecermos amorosamente um casulo, casulo de vida. Natureza como lugar possível para romper com o mal-estar diante da mudança.

E novamente é preciso ampliar o sentido da palavra. Do igarapé estreito ao largo rio. Natureza como tudo o que há, tudo o que vibra e pulsa vida ao nosso redor. Como professora, como escola, como terra fértil e criadora. Natureza como tecnologia. Como capacidade de organização, crescimento, desenvolvimento.

Ao tecermos um casulo, criamos um espaço para o processo de subjetivação, para o movimento, para a falta.

Um caminho que se distancia do homem máquina e conduz ao encontro do homem desejante, à metamorfose.

 

 

“Sempre sonhei com isso. Ter a força das lagartas. Ver asas surgindo do meu corpo de verme. Voar ao invés de arrastar-me pelo chão. Apoiar-me no ar e não sobre a pedra. Passar de uma existência a outra sem sequer o tocar. A mais perigosa forma de magia. A existência mais próxima da morte. A metamorfose.”

No Livro dos símbolos (Taschen, 2010) a metamorfose é descrita como algo que acontece de um modo invisível, o que atesta a dinâmica inconsciente em funcionamento. Sob o manto da invisibilidade, à noite e sob a influência de “sonhos perturbadores” ou metidas num casulo, as mudanças radicais forjadas pela metamorfose ocorrem através de uma intensa incubação e da libertação da libido.

É possível articular essa descrição ao princípio de funcionamento do trabalho do luto apresentado por Freud. Intensa incubação – o sobre-investimento libidinal no objeto perdido – e libertação da libido – desinvestimento desse objeto e possibilidade de reinvestimento em outro(s) objeto(s).

Seria o processo da metamorfose uma indicação da natureza de um caminho possível para lidar com a perda?

Talvez um esboço… que nos fala sobre a capacidade de mudança de lugar e estado. Que ilustra a beleza do transitório e a importância da cadência do tempo nos processos.

Recentemente, na guerra contra o vírus da covid-19, percebemos outras batalhas importantes a serem travadas. De diferentes maneiras, alguns de nós tivemos a oportunidade de perceber a pressa com que vínhamos caminhando, em uma busca incessante da produtividade, em uma luta contra o envelhecimento, uma fuga do sofrimento, da perda, do encontro consigo mesmo. Um ritmo onde se tentam alcançar respostas, mas as perguntas são esquecidas de se elaborar. Um estado de prisão entre o passado que não volta e o futuro que não está, onde não há espaço para a capacidade de usufruir do presente.

E do que se trata o momento presente, o instante?

O presente é um lugar possível para se enfrentar a transitoriedade, um lugar onde pode haver imaginação, criatividade, esperança. Um lugar de contemplação da beleza do efêmero. Se assemelha ao que se passa com os espectadores de uma peça de teatro. Aquele espetáculo que só acontece naquele instante, onde o tempo não é contado pelas horas e o que conta é o que se passa dentro daquele que vive esse momento. O instante independe da duração absoluta do tempo e permite que as coisas sobrevivam em nós através do significado que tenham em nossa vida sensível. Um tempo que está além do tempo cronológico onde é possível criar fragmentos de eternidade.

Nossa vida sensível é transitória, espontaneamente nós morremos todos os dias!

Seguindo a natureza, que afinal é tudo o que há, nos deparamos com uma trilha possível que é um convite a nos conectarmos ao seu tempo circular e eterno – em que eternidade não é ausência de morte – e quem sabe assim poderemos enfrentar de outra forma a angústia que nos surge da relação com o tempo efêmero.

Me lembrei do conto da mulher esqueleto, um conto esquimó inuit que traz a ideia de acolher a morte, cuidadosamente desembaraçar os fios a ela ligados, num ritmo único e intransferível.

Nesse conto, um pescador sai para pescar em uma zona considerada mal-assombrada (por ser o lugar onde uma menina morta pelo pai havia sido jogada de cima de um penhasco) e acaba fisgando um esqueleto. Horrorizado, ele larga o esqueleto e tenta fugir. Porém o esqueleto o persegue até chegar ao seu iglu. Ao acender a lamparina ele se dá conta de que o esqueleto permanecia enroscado nas linhas da rede. Já mais calmo, decide desemaranhar delicadamente os ossos da rede, os organiza e os cobre com uma pele. Finalmente se deita para descansar e ao dormir a mulher esqueleto começa a ser revestida de carne novamente. Eles acordam abraçados e unidos.

Trazer a mulher esqueleto para perto. Reconhecê-la, desenredá-la, faz com que ela volte a se integrar à vida e deixe de ser tão assustadora. Podemos pensar nesse contato mais íntimo com a natureza de vida-morte-vida como uma maneira de acessar o que em nós precisa morrer e nascer. Não se trata de vencer o vazio, mas unir-se a ele.

A negação da falta e do luto que nos mantém ocupados nesse sistema. Devemos empenhar um trabalho para abrir uma fenda, um espaço subjetivo onde possamos pensar criticamente, onde possamos aceitar que não somos iguais e que isso é maravilhoso porque nos dá a chance de conhecermos algo singular e primordial: o nosso desejo.

É a partir desse encontro que se faz possível transformar morte em vida. É o nosso desejo que nos move para uma experiência singular de circulação pelo mundo.

Ailton Krenak disse algo sobre a resistência das sociedades indígenas que me marcou:“A gente resistiu expandindo a nossa subjetividade.” Que lindo e fértil trabalho. Façamos! Enquanto o tempo que vivemos consome a natureza de maneira tão avassaladora e indefensável, que sejamos capazes ao menos de proteger nossa alteridade e subjetividade através da arte, da poesia, da psicanálise.

 

Dizer

Dizem
Depois da mais bela canção
Depois do mais vasto deserto
Aqui começa o resto da vida
De fato
Outra coisa acontece
Outra bela canção
Outro vasto deserto
E o resto da vida é vida outra vez

(Leonardo Gandolfi)

 

Referências:

BAUMAN, Zygmund. Sociedade Líquida. Rio de Janeiro:  Zahar,1999.

COCCIA, Emanuele. Metamorfoses. Rio de Janeiro: Dantes Editora, 2020.

FREUD, Sigmund. “Transitoriedade” (1915) in Obras incompletas de Freud – Arte Literatura e os artistas. São Paulo: Autêntica, 2015.

FREUD, Sigmund. “Luto e Melancolia” (1917) in Obras incompletas de Freud – Neurose, psicose e perversão.  Autêntica, 2016.

GANDOLFI, Leonardo. Robson Crusoé e seus amigos. São Paulo: Editora 34, 2021.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

LAPLANCHE, Jean; PONTALIS, Jean-Bertrand. Vocabulário de Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

MARTIN, Kathleen. O livro dos símbolos. Taschen, 2020

PINKOLA, Clarissa. Mulheres que correm com lobos. São Paulo: Rocco, 2018.

ROUDINESCO, Elisabeth. Por que a psicanálise? Rio de Janeiro, Zahar, 2000.

 

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[1] Monografia apresentada no 1º ano do curso Conflito e Sintoma.

[2] Ex-aluna do curso Clínica Psicanalítica: Conflito e Sintoma.

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