Editorial
Precisa-se de beija-flor, capaz de um ato sutil que transforme a história, a inspirar:
Os psicanalistas deste Departamento junto dos colegas de muitos outros departamentos, espaços, coletivos e núcleos, ao subscreverem solidariedade ao escritor Julián Fuks e ao escutarem Isildinha Nogueira, psicanalista que fala;
Os atos públicos tais como em defesa do estado democrático de direito no Largo de São Francisco e de leitura da sentença sobre pandemia e autoritarismo, no Tribunal Permanente dos Povos;
Os autores desta edição, que sonham acordados uma língua transitável, aquilombamentos afetivos, mundos indígenas, aproximações contracoloniais; que desvelam a loucura das cidades e ocupam rodas e ruas em defesa da democracia; que atentam aos corpos, coreografam sujeitos e tremem interpretações; que medem em afeto imponderáveis distâncias; que narram singularidades das trajetórias de psicanalistas e constroem novas intervenções nacionais e interlocuções continentais; que apresentam cursos, grupos e colegas e deles se despedem aguando o bom do amor;
Nossa querida Cristina Barczinski, a quem agradecemos pelos muitos anos de trabalho compartilhado neste boletim online;
Nossas colegas Adriana Elisabeth Dias e Nanci de Oliveira Lima, novas integrantes da equipe editorial, cuja empolgante companhia comemoramos.
Seguimos, pensativos sobre a crônica procura de nenhuma desafeição: não violenta, nunca intolerante e truculenta, jamais sanguinária e grosseira. Consideramos conhecer um tanto de gente que se compraz numa sideração do mesmo tipo: siderar, desiderar, desejar, tudo aspiração justa, feita dessa semente.
Ficamos contentes.
Com abraços da
Equipe editorial
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