Um índio descerá de uma estrela colorida, brilhante, num coração do Hemisfério Sul em que perdure o espírito dos pássaros das fontes de água límpida…
Se, feito na canção de Caetano Veloso, nosso ano de 2023 raiou com o Brasil tomando posse de si mesmo, seguimos atentos à dica de Abrão Slavutzky em Entretantos Convida 2, pensando tal utopia junto da distopia cotidiana em que figuram yanomamis desassistidos, desnutridos e doentes; morros de casas desabadas; trabalhadores escravizados em fazendas, vinícolas e festivais musicais e nos assombram assassinatos de crianças estudantes e de mulheres professoras em suas escolas.
Bem-estar, mal-estar, bem-estar, mal-estar…bem-estar! Eis nossa aposta desejante: o Eros invocado por Camila Flaborea recolhendo no bem-dito tempo os efeitos possíveis de nossas intervenções democratizantes, esse tempo do bem-dizer de Rafael Alves Lima. Tempo de Amazônia sem garimpo. Tempo de visibilidade de jovens invisíveis.
Eis aqui nosso primeiro editorial desde que se foi nosso amigo Mario Pablo Fuks. Eis aqui nossa equipe editorial co-movida por essa ausência sentida. Eis aqui um conjunto gracioso de textos que lhes oferecemos, em sua homenagem: a reportagem Em memória, da equipe editorial de agora, justaposta ao artigo Vozes em ato, da equipe editorial de 2016; os escritos de Tales Ab’Sáber e de Sílvia Nogueira de Carvalho; a dedicatória de Rafael Pinto Morais. Eis aqui a playlist das canções que Mario soprou pra nós: Ôôôô… Áááá….
Que tudo o mais nos seja ocasião de encontro: debates de Percurso, partilha da aula inaugural de Conflito e Sintoma, registros das apresentações públicas de novos membros, congresso FLAPPSIP à vista, raias poéticas, leituras e literaturas.
Aqui, já, neste claro-escuro instante.
Com abraços da
Equipe editorial
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