
Educação e Comunalidade: da Privatização do Conflito às Estratégias Coletivasformato presencial

O curso ocorrerá no formato presencial
o curso buscará enfatizar a concepção da escola enquanto espaço de encontro de subjetividades, buscando refletir sobre as implicações dessa concepção e fornecer elementos conceituais e práticos sobre possíveis modos de intervenção num espaço assim compreendido. A concepção de subjetividade que embasa o curso é aquela advinda da psicanálise, compreendendo o sujeito como sujeito do inconsciente e estando inscrito, desde sempre, num campo social. A ênfase das reflexões e, portanto, das propostas de intervenção, centra-se na construção de um comum - um espaço extra-familiar, sempre inacabado e em processo, de acolhimento dessas subjetividades no sentido de seu desenvolvimento, compreendendo a escola como campo propício à tarefa de construção, socialização, transmissão, formalização e consolidação do conhecimento, do mundo e de si.

Ana Paula Musatti Braga (psicanalista, com formação em "Grupos e Instituições" e especialização em "Teoria, técnica e estratégias especiais na psicanálise de crianças e adolescentes" pelo IP-USP (1995). Fez mestrado (2001), doutorado (2016) e pós-doutorado (2018) pelo Depto de Psicologia Clínica da USP. É autora do livro "Os muitos nomes de Silvana: contribuições clínico-políticas da psicanálise sobre mulheres negras" e é membro do "Laboratório de Psicanálise, Sociedade e Política" do Instituto de Psicologia da USP, desde 2004. É educadora da Arco Escola-Cooperativa desde 2019).
Professores convidados:
Frederico Ravioli (vive e trabalha em São Paulo, onde atua como artista plástico e professor da arco escola-cooperativa. Tem bacharelado e licenciatura pela UNESP, trabalha com infláveis de lona plástica, pintura, direção de arte e performance, várias vezes levando suas produções para o interior de manifestações e protestos).
Guilherme Xavier da Silveira Viana (graduado em Licenciatura em Letras Inglês e bacharel em tradução em inglês-português pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Trabalha como educador das linguagens desde 2009, tendo atuado em instituições de ensino de diversas naturezas, tais qual o Colégio Oswald de Andrade, o cursinho popular de Ermelino Matarazzo, o cursinho popular Construção, a Escola Alecrim e outros. É educador da Arco Escola-Cooperativa desde 2019).
Luciana Alves da Costa (formada em Português e Francês pela USP. Como professora de Língua Portuguesa na rede particular de ensino, trabalhou no Colégio Oswald de Andrade entre 2008 e 2010 e lecionou no Colégio Santa Cruz de 2011 até 2019 . Em trabalhos relacionados à rede pública, foi educadora no Centro de Estudar Acaia Sagarana e atuou em curso sobre poesia, junto à editora Companhia das Letras, na formação de professores em diversos estados do país. É educadora da Arco Escola-Cooperativa desde 2019).
Luis Braga (pedagogo com formação em psicanálise, grupos e instituições. Ainda na década de 1970 foi professor de escola técnica estadual e de cursos para alfabetização de adultos. Atuou em Hospital-dia como acompanhante terapêutico, terapeuta de grupos e de família. Foi membro fundador do Núcleo de Estudo e Prática de Grupos (Instituto de Psicologia da USP - 1985).É educador da Arco Escola-Cooperativa desde 2019).

- a escola como campo de encontro e de expansão da subjetividade e como campo propício para construir, transmitir, formalizar e consolidar o conhecimento do mundo e de si;
- o trabalho com grupos na escola, como campo privilegiado para o enfretamento das questões da adolescência entendida como passagem do âmbito familiar para o social;
- a necessidade de construção de uma grupalidade inclusiva como forma de apostar na potência dos laços horizontais, buscando fazer frente aos mecanismos de exclusão e segregação;
- a concepção de conflito na escola como demandando e convidando ao esforço da passagem de um campo dilemático para um campo problemático: uma escola no mundo está atravessada pelos problemas do mundo;
- educação como atividade pública, mesmo sendo, eventualmente, de financiamento privado. A construção do comum – a concepção de comunalidade enquanto distinta do conceito de comunidade;
- importância da ambiência, horários “livres” e atividades desúteis; brincar, festejar, cuidar da escola, construir juntos, podem e devem ser tema e esforço das várias etapas da educação e não exclusividade da educação infantil ou das instituições com finalidades terapêuticas e de lazer;
- a escrita e as criações artísticas autorais, como forma de expansão e desenvolvimento dos modos de expressão fundamentais para se tornar um sujeito no mundo;
- a autoridade do professor não estando fundada somente no que ele sabe, mas no desejo por aprender que ele deve ter e ser capaz de infundir nos estudantes; a transferência com o professor para além da mestria e da sala de aula.
Estratégias: Grupo presencial de reflexão, com explanação inicial dos professores, mais indicação de leituras.

Aquelas e aqueles que trabalham com educação e adolescência ou se interessam pelo tema, na sua interface com a psicanálise.

Duração:
Datas: 29/08; 12 e 26/09; 10 e 24/10/2025.
Horário
Sextas-feiras, das 14h00 às 16h00.
Informações para inscrições
O curso será no formato presencial, em caso de agravamento da crise sanitária devido à pandemia, as aulas deste curso serão on-line no modo presencial remoto. Medidas emergenciais serão sempre adotadas em caso de agravamento da crise sanitária neste e nos próximos anos. Seguiremos protocolos de acordo com as orientações e restrições das autoridades sanitárias, da OMS – Organização Mundial de Saúde e o protocolo de segurança sanitária do Instituto Sedes Sapientiae.
Carga horária: 10 horas.
Nº vagas: 20 (vinte).
Matrícula até: 27 de agosto de 2025.
INVESTIMENTO: - Via Internet: R$ 390,00 no cartões de crédito (conforme política da operadora); cartão de débito (à vista).
Documentos necessários e outras informações para inscrição, clique aqui...
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